Segundo Shell, um jogo pode ser dividido em quatro partes
elementares, “mecânica”, “história”, ”estética” e “tecnologia”. Estes elementos
se completam, sendo que nenhum é mais importante do que o outro. Schell também
explica que o elemento “tecnologia” é menos aparente ao jogador, enquanto o
elemento “estética” é o mais visível.
Os Quatro Elementos
Mecânica
São os procedimentos e as regras do jogo. A mecânica
descreve qual o objetivo do jogo e como o jogador pode ou não pode alcança-lo.
É a mecânica de diferencia um jogo de qualquer outra mídia, como livros e
filmes.
Historia
A história define os eventos que ocorrem em um jogo. Como o
próprio nome diz, é a história do jogo. Assim como todos os outros elementos,
todos os jogos tem história, sem exceções.
Estética
É a aparência do jogo, como o seu jogo é visto e escutado.
Por ser o elemento mais notado pelo jogador, tem a responsabilidade de chamar a
atenção, convocar os jogadores a experiência. É claro que se os outros aspectos
não forem levamos em consideração, terá sido criado um jogo que atrai muitos
curiosos, mas que não conseguirá manter esse interesse por muito tempo.
Tecnologia
A tecnologia é o elemento menos visível ao jogador, porém é
com base neste elemento que todos os outros se tornam possíveis. Neste elemento
é incluído desde a alta tecnologia dos últimos softwares de mercado até o papel
e a caneta utilizados no storyboard. É
a tecnologia que tornará possível os gráficos os sons e as jogabilidade do
jogo, ou será ela que impedirá os mesmos.
O resultado final
Como exemplo pratico da tétrade elementar de Schell, foi
encolhido o jogo “Diablo III”. Este jogo se passa vinte anos após seu
antecessor, após um cometa cair no exato local onde Diablo foi confinado,
guerreiros são novamente convocados para lutar contra o mal que ressurgiu.
Diablo e as tétrades
Como em qualquer jogo, as tétrades estão presentes em Diablo
III, iniciando pelo elemento mais visual, a estética, por ser continuação de um
jogo muito popular ele manteve algumas características visuais dos jogos
anteriores como a visão isométrica, já em outros aspectos
ele foi atualizado e melhorado, afinal trata-se de um intervalo de 12 anos
entre os jogos. As musicas são outro ponto da série. Para essa versão, foram utilizadas
músicas orquestradas, misturadas com guitarras e outros elementos de Heavy
Metal de forma a combinar perfeitamente o clima sombrio proposto, as batalhas e
os cenários.
A história, outro elemento clássico da série, foi levada em conta,
mas ao dar um espaço de 20 anos entre os jogos, a liberdade de criação dos
produtores foi elevada, a estética do jogo funciona como uma ferramenta de
imersão do jogador com a história a ser contada, como é comum nos jogos de RPG.
Ela é baseada em missões simples que vão se desenrolando na trama principal da
história.
As mecânicas do jogo combinam com o proposito da história.
Por se tratar de um jogo de RPG com elementos de ação, as mecânicas devem levar
como base o desolamento entre cenários grandes e lutas com um ou vários
inimigos simultâneos, levando em conta as diversas opções de jogos e os
diversos personagens jogáveis.
A tecnologia implementada no jogo foi fundamental para o
desenvolvimento do mesmo, tanto que sua engine foi criada especificamente para
ele. A Blizzard e a Square Enix foram responsáveis por criar toda a estrutura e
por desenvolver esse jogo.
Diablo III torna-se um exemplo de como os elementos da
tétrade de Schell se relacionam e complementam para criar um jogo.
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